domingo, 31 de janeiro de 2010

sou tão vento, sou tão ar, sou tão pó



o dia acabou. mais um, quem sabe se não é o último.
vivi tudo, fiz tudo, sou tudo.
mas e agora?

o quarto está escuro, a noite não tem luz, a lua morreu!
eu sou o meu ar, eu sou o teu pó, eu sou o nosso vento.
o que faço agora?

escondi a cabeça debaixo da almofada, gritei o teu nome.
ouviste? vieste? não, eu sei que não.
estou sozinha; e agora?

ouço barulhos estranhos, tenho medo.
o vento está a suprar forte e eu não consigo respirar, eu não estou protegida aqui!

mas e agora, o que faço?

- não fazes nada, tu é que te controlas. tu és tão vento que sentes nele o que és, és tão ar que nem consegues respirar o que é teu; vais ser tão pó se não aprendes a ser indiferente ao que te faz mal!

2 comentários:

  1. Anónimo2/02/2010

    adoro tudo o que escreves. adoro mesmo. continua, princesa <3

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  2. que querida :)
    muito obrigada rose *

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Posso não concordar com nenhuma das palavras que tu disseres, mas defenderei até à morte o direito de tu as dizeres.
Voltaire