terça-feira, 10 de julho de 2012

Meu anjo azul


Gostava que não te esquecesses de mim, que para ti eu tivesse a mesma importância que tens para mim e que não fosses capaz de ficar um dia sem me falar e se assim tivesse de ser, pelo menos que na tua memória a visão fosse a minha! Queria que sentisses falta de uma música e a minha gargalhada invadi-se a tua mente, queria que me visses em todo lado que é teu, queria que os teus pensamentos se cruzassem com as nossas conversas ingénuas, simples e estranhas.
Nunca sei o que está por trás do que dizes, que intenção queres que as tuas palavras tenham em mim ou se as entrelinhas escondem o que eu tanto queria ouvir! Dizes tu que tenho de aprender a ler silêncios mas e enquanto o silêncio não fala, o que penso? Estarei a sentir as coisas erradas? O coração está a falar mais alto não é?
Os laços são tão fortes, o abraço apertado e a reacção inesperada - "Princesa!" - disseste tu com o sorriso mais bonito que já me deste. Tinhas o olhar perdido, a voz doce e eu senti naquele aperto e no beijo suave que trocamos o amor de quem se quer bem, de quem já tinha saudades de amar. Fomos tu e eu no meio de milhares de olhares atentos ao que tínhamos para dar, como se já todos estivessem à espera que as cartas caíssem sobre a mesa e o jogo tivesse início sem que o fim fosse próximo. O tempo continuou a andar mas a minha recordação fez com que tudo à minha volta ficasse ali parado. Sei tudo, lembro-me do mais pequeno pormenor e ainda sinto o teu cheiro quando a brisa me quer fazer sentir-te perto!
Precisava de amor e tu foste capaz de em segundos dar-me tudo o que eu achava que o amor já não era. Nem menos nem mais, a medida exacta do que devia alimentar a minha memória e fazer-me revirar o que já não estava presente à tanto tempo. 
Após o abraço deixei-te só! Procurei de novo o meu lugar deixando contigo o licor do que poderá voltar porque eu sei que esta sede precisa de ser adormecida, morta se assim for possível. Já mereço! Já mereces! 
Continuei a ver-te enquanto me afastava, a tua figura começava a ficar confundida entre a multidão. Não cheguei a perder-te, apenas deixei que te transformasses num anjo. 
Anjo azul, como os olhos que me invadem a mente sempre que penso em ti!

Acordo de um sonho! O meu telefone dá sinal de mensagem, o coração palpita e a memória traz de novo o que sonhei. És tu e o teu jeito agridoce que me chama de novo: "Princesa!".

6 comentários:

Posso não concordar com nenhuma das palavras que tu disseres, mas defenderei até à morte o direito de tu as dizeres.
Voltaire