quinta-feira, 1 de novembro de 2012

insónias de uma segunda-feira!

São 2:30 da manhã. Não consigo dormir e o meu quarto está tão frio... 
Há um silêncio esquisito aqui dentro, a minha cabeça não pára de gritar, os meus pensamentos andam à roda e eu não consigo estar quieta! Queria um papel e uma caneta mas a preguiça é tanta que não me consegue tirar daqui. 
Tenho frio... e tanto para dizer.
Está tudo fora do sítio, não consigo organizar um raciocínio completo e tudo quer falar ao mesmo tempo! Vamos com calma, alma, que o tempo é muito e as palavras não se esgotam. 

Quis durante eternidades esquecer que ele existia e fiz de tudo para o afastar de mim. Agarrei-me à ideia de que não podia deixar-me levar por sentimentos e que ser racional era o melhor caminho para mim! Enganei-me redondamente e cá veio, mais uma vez, a vida dizer-me que eu não mando em nada e que ela é que sabe o melhor para mim!
Que engraçada que é Senhora vida, os meus parabéns! Mas já lhe passou pela cabeça que eu posso negar que o seu crime, quase prefeito, está a acontecer?
Ele voltou do nada e de onde eu menos esperava. Diferente, inseguro e bem mais discreto... Passou-se tão pouco tempo desde a última vez que estas mudanças de personalidade parecem-me muito estranhas!

Passaram-se quinze minutos e eu sinto a minha cabeça a latejar... Os pensamentos não querem que eu continue e eu sinto que o cansaço está a conseguir agarrar-me!
Começo a ver ao longe o príncipe que tanto pedi e que chegou a dobrar, devo estar a sentir o deste pestanejar tão ritmado... Ele está a chamar por mim! Não lhe vejo bem a cara e nem lhe sinto o cheiro, só sei que é moreno e sorri como ninguém. Tento aproximar-me e cada vez mais a distância se torna maior. Corro um pouco mas não há diferença... O que se passa? Ele sorri, faz-me sinal para esperar e vejo-o a desaparecer por entre a escuridão!
Sinto os meus olhos a fechar e vejo a imagem cada vez mais negra até que já não há mais nada.

Talvez ainda não seja a hora de lhe conhecer o rosto e lhe distinguir o cheiro. Talvez o tempo ainda queira ter mais tempo e este não seja o momento. Talvez eu ainda consiga dizer à vida que o crime não está consumado!

Estarei eu a sonhar?