quinta-feira, 31 de março de 2011

outra vez para ti!



voltei! vim cá porque te queria escrever outra vez. não são muitas as vezes que o faço, é esta a segunda.
tenho de dizer que tens razão. eu adoro gozar-te e ver que fiques super preocupado a pensar que algo de errado se passou. mas não, sou apenas eu a brincar contigo. penso, tal como tu, que serias incapaz de fazer algo que fosse mau e que me deixa-se sem meios para ter outra atitude que não a de te desculpar.
tens sido uma grande companhia e um apoio mesmo sem saberes, e até prefiro nem te explicar nada para que continues assim, indirectamente, a ser um ponto de fuga a algumas coisas menos boas. é quando és assim que eu sei que mesmo que tu aches que não, és forte e mesmo que por dentro já tudo tenha caído e esteja a precisar de ser construído de novo, tu estás aqui a dar luta e "mostrar" ao mundo que és grande.
e no fundo és! não és outra coisa. consegues ser um todo imperfeito, cheio de somas subtraídas e com algumas correcções. e depois no fundo não passas de um ser frágil que só precisa de dois minutos de atenção e horas de mimos.
és um autêntico príncipe numa história sem encanto onde eu trabalho como escudeira interna cheia de força para combater o que estiver errado. gosto da nossa equipa e da nossa luta. gosto pouco de ti e muito do que temos!
e para terminar, como tens de ir embora e eu não quero que vás sem isto, estou sempre aqui. a qualquer hora, a qualquer momento, em qualquer parte do mundo. contigo, num lugar chamado coração!

sábado, 26 de março de 2011

para que não restem dúvidas!



só quis escrever-te para que não restassem dúvidas de que vou estar do teu lado aconteça o que acontecer sem deixar que nada de mal te aconteça.
tens de começar a abrir os olhos e a ver para além das promessas que nunca se chegam a realizar para que no fim não sais sempre magoado do que não te devia ferir. guarda os erros para experiências e nunca te esqueças de tudo o que passaste de bom e de menos bom para que nada se volte a repetir da mesma forma.
a mim, vai restar-me ficar do lado de fora a ver correr os dias e a intervir sempre que for ou não preciso. vou ficar aqui, como prometido, nisso não falho.
e para que nunca te esqueças eu gosto muito de ti!

quinta-feira, 24 de março de 2011

de uma vez por todos!



já não consigo aceitar a ideia de que me olhas e que o teu olhar se escapa e foge para o que não devia.
tens vontade de me beijar? beija-me! sem medo e sem que te percas tantas vezes sem tentar. e tantas já foram as vezes que olhaste e o fizeste.
eu não terei medo nem deixarei que as coisas se percam por mãos alheias. seremos apenas nós numa doce e fugaz sensação que nunca mais terá fim.
por isso tenta, por uma única vez, tenta! eu não te deixarei ficar mal.
agora não esperes que o tempo volte e que faça das horas um tempo sem limite. eu já esperei e não espero mais.

terça-feira, 22 de março de 2011

aceitas que seja assim?


Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
Ouvindo correr o rio e vendo-o.

Ricardo Reis, Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira rio.


Seria pedir-te muito que assim fosse? eu preferia e era tão melhor para os dois. eu podia imaginar que te tinha e que tudo era como eu queria. mas isso ficava apenas na minha mente, no meu pensamento! se assim não quiseres eu mudo e aceito. mas pensa, era o melhor para os dois e não haveria mais dor nem sofrimento.
só amor. amor e paz!

sábado, 19 de março de 2011

mundo dos afectos

caros seguidores,
senti necessidade de criar um novo blog onde apenas as imagens tivessem as palavras que eu não sei expressar. assim sendo, criei o "mundo dos afectos" e espero que todos vocês o sigam e que gostam tanto dele como eu!
Obrigada a todos, gosto muito de vocês.


link: http://novomundodeafectos.blogspot.com/

sexta-feira, 18 de março de 2011

vai embora camarada!

Este é o meu protesto:
Sócrates levanta-te do teu poleiro! Sai à rua sem segurança, passeia pelas ruas mais escuras, olha para quem se senta no chão e para o que te pedem os olhos dessas pessoas, vê os lamentos de cada silêncio. anda de transportes públicas e espera horas pelo transporto que não vem porque as greves estão em alta, vive com 500€ por mês, ouve os teus filhos a pedirem-te o que precisam e tu a dizeres que não podes comprar, vive numa casa com o básico, trabalha no duro. vai ao supermercado e faz as compras do mês com 100€, deixa de comprar roupa Prada e vai a feiras.
Sócrates levanta-te! Não faças mais essa cara de irónico, não rias do que não tem piada, não queiras dançar com quem não tem ritmo, não te armes em rico e não faças de nós fantoches. Deixa-te de pack's sem sentido e não queiras colocar areia onde é tudo bem claro.
Nós estamos cansados com toda esta mentira que nos envolve! Estamos prontos para assumir o controle e tomar conta do que é nosso. O povo luta. O povo manifesta-se. O povo faz greve. O povo grita. O povo já não vê em ti mais nada.
Sócrates, um conselho, toma consciência e vai embora de uma vez. Eu já não te posso ver.
P.S.- e não te atrevas a candidatar-te outra vez. mas pode ser que tenhas sorte e que ainda alguém vote em ti!

sábado, 12 de março de 2011

não ando não.



ando com um talento especial para não gostar de mim, ando sem paciência para nada e não consigo escrever sobre isto que sinto!
desculpem eu não ando em mim.

quarta-feira, 9 de março de 2011

quando sou um segundo!



adoro quando me fotografas; consegues captar aquele segundo que fica suspenso entre o tempo e o teu clique. e é nesse segundo que fica sempre o melhor de mim como se fosses capaz de mostrar em todas os pormenores o que não se vê nem se sente.
sabes, é por isso que gosto de e que sei que nunca haverá nada que nos faça voltar atrás no tempo. esse que pensa que nos leva e nos consegue fazer desistir à medida que ele passa. não é assim! e até nesse clique o tempo pára e tu demonstras o que nele há de melhor e o sorriso fica firme e leve, o olhar brilhante e perdido e tudo o que está à volta se concentra num único ponto de luz!
no final o artista és tu. eu sou aquela que brincou com a arte de ser artista.

sexta-feira, 4 de março de 2011

e que tudo mais seja literatura!



pego no isqueiro esquecido na mala. dou asas ao gesto já mecânico e acendo o meu cigarro. os cheiros começam a fundir-se. estou em casa!
escrevo em pé. como se a inspiração quisesse tomar um caminho novo até chegar ao seu estado de graça. pego na caneta e já sinto os dedos quentes e sinto-os porque penso neles. sinto porque os vejo a ferver na minha inocência.
a minha letra começa a desenhar-se de uma súbita e espontânea vontade que vejo em sair de mim. começam a desenhar-se letras por trás de letras, começo a sentir que Eles também estão ali. não os vejo, mas sinto-os.
cresce em mim uma forte dor de alma! desenvolve-se um progressivo e agudo pensamento de angústia e a inquietação torna-se múltipla. consigo tornar-me no que não sou mas ao mesmo tempo vejo nisso uma escapatória simples.
há um barulho de fundo que me incomoda e um silêncio nos meus olhos que me mata. mas Eles estão tão vivos que os sinto a sair a cada letra. os meus dedos fervem cada vez e eu já não consigo segurar a caneta. agora é ela que me segura e transporta o meu pensamento e as almas que estão com ele.
não sei quantas almas tenho, não sei que febre é esta nem que mundo estou eu hoje a desenhar. mas que importa? nunca reconhecerão o valor da minha letra, o brilho da minha tinta e a melodia dos meus versos. serei sempre mais uma. seremos sempre mais uns!
pobre dor de alma! pobre pensamento! pobres de nós! pobres dEles que nem sabem quem são ao certo nem os conheço. mas criei-os. não lhes dei nome, nem data, nem hora. dei-lhes vida e rumo. tudo o resto é literatura.

quarta-feira, 2 de março de 2011

ela diz sempre o que quero dizer!



Sabes, quando me sento na mesa de vidro para limpar a alma e chegar ao mundo com as minhas palavras, penso muitas vezes em ti. Estás nos discos que oiço, no ar que respiro e vejo-te à janela, a fumar num cigarro e a namorar a lua. O Jorge Palma canta-nos ao ouvido coisas lindas que falam de ti e de nós e eu sorrio na minha solidão povoada porque sei que nunca mais me vou sentir sozinha, mesmo que estejas do outro lado mundo à procura dos teus sonhos e distraído com outras raparigas que não fazem a mínima ideia quem é o Jorge Palma, nem de que cor pode ser o céu em Portugal quando imita as barras das casas do Alentejo.
É bom ter-te na minha vida silencioso e secreto, qual Jeremias Fora-Da-Lei, guardado nas palavras dos poetas, como quem vive na cartola de um ilusionista, como quem escolheu o seu lugar do lado de fora. E eu sou a rapariga do trapézio que te vê acima do mundo, enquanto a vida me leva e traz as coisas boas e más, num movimento suave e perpétuo do qual nunca quero descansar...
Na terra dos sonhos podes ser quem tu és, agarras-te à hora em que o tempo não passou e juntos inscrevemos no espaço um novo alfabeto. Já passaram mil anos sobre o nosso encontro, mas o tempo não sabe nada, o tempo não tem razão, porque não há passo divergentes para quem se quer encontrar e enquanto houver estrada para andar, a gente vai continuar. E mesmo que me tenhas ensinado a partir nalguma noite triste, eu ensinei-te a chegar e pus-te a salvo para além da loucura e ensinei-te a não esquecer que o meu amor existe.

Margarida Rebelo Pinto.