domingo, 31 de janeiro de 2010

sou tão vento, sou tão ar, sou tão pó



o dia acabou. mais um, quem sabe se não é o último.
vivi tudo, fiz tudo, sou tudo.
mas e agora?

o quarto está escuro, a noite não tem luz, a lua morreu!
eu sou o meu ar, eu sou o teu pó, eu sou o nosso vento.
o que faço agora?

escondi a cabeça debaixo da almofada, gritei o teu nome.
ouviste? vieste? não, eu sei que não.
estou sozinha; e agora?

ouço barulhos estranhos, tenho medo.
o vento está a suprar forte e eu não consigo respirar, eu não estou protegida aqui!

mas e agora, o que faço?

- não fazes nada, tu é que te controlas. tu és tão vento que sentes nele o que és, és tão ar que nem consegues respirar o que é teu; vais ser tão pó se não aprendes a ser indiferente ao que te faz mal!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

ontem menos; hoje mais; amanhã.. nem sei bem



é assim todos os dias e foi assim sempre! MEDO, MEDO, MEDO, MEDO.. aii, grr!
ODEIO-TE MEDO!
mas é assim; sempre foi e assim será!
ODEIO-ME, ODEIO-TE A TI E ODEIO-O O MEDO.
ai, cala-te Liliana, CALA-TE de uma vez!
sabes bem que depois disto o medo ainda será maior.



« O medo, esta força misteriosa que nos rouba a alegria e o sonho, devia ir no dicionário como antónimo de vontade. O medo é como um terreno minado; nunca o atravessamos mesmo que do outro lado estejam todos os nossos desejos. Ou talvez ele fosse minado por outra grande ilusão da sociedade moderna; tavez procurasse de tal forma a perfeição que nada lhe chegava para ser feliz. »
Margarida Rebelo Pinto in Diário da tua ausência

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

ajuda-me; pensa em mim!

Pai, queremos agradecer-te pelo dia de hoje. Sabes bem que não estamos como queremos e que não temos a melhor vida do mundo, mas mesmo assim, obrigada por tudo o que nos dás.
Onde quer que estejam os nossos Papás e as nossas Mamãs, cuida bem deles; eles precisam de paz e só a têem contigo, pelo menos assim eu sei que não vão ter de sofrer para eu e os meus irmãos termos comida e casa..
Ah, diz-lhes também que nós estamos bem! Temos andado pelas ruas sozinhos, tentamos ao máximo ficar num lugar seguro.. mas.. mas.. tu sabes Pai do Céu.
Acalma-os sempre que temerem por nós, lembra-os que somos fortes e que vamos vencer, diz-lhes que gostamos deles mais do que nunca e que sabemos que nunca se esqueceram de nós. Diz à Mamã que nos ajudará se pensar em nós com muita força, sempre foi assim.
Pai do Céu, só queremos pedir-te uma coisa: ajuda o nosso haiti a ficar bem, ajuda o nosso povo a voltar a ter uma casa, ajuda-nos a nós a ter uma nova vida! Nós precisamos de cuidados, nós perdemos os Papás com.. com o.. o..
Pai, ajuda-nos; pensa em nós!

sábado, 23 de janeiro de 2010

mais que amor


a vida, faz-nos perder e ganhar a todo momentos. uns vão outros ficam e nunca nada se perde, tudo se transforma!
acredito sinceramente que tudo o que se vai embora é porque não era nosso verdadeiramente se for realmente, um dia voltará.
aconteceu o mesmo comigo; a vida levou-me pessoas e trouxe-me amigos como a sofia.
posso garantir que não é em todo o lado que há sofias, que há sofias como esta!
falar da sofia é dizer milhões de coisas e chegar à conclusão que tudo o que se disse é insuficiente para se dizer o quanto se gosta dela e o quanto ela é uma pessoa sem igual.
ao inicío, como em outras situações, não gotava nada dela. achava que tinha a mania que era mais que os outros e até cheguei pensar que ela era uma nojenta do pior. mas NÃO, NÃO É VERDADE! em nenhum aspecto.
a sofia, é das pessoas mais simples e especiais que eu conheço. é doce e lá no fundo só quer mimos, apesar de algumas vezes ter uns comportamentos um pouco estranhos e da era dos nossos queridos dinossauros com aqueles de quem gosta, isto é, às vezes é um pouco 'animalesca' se assim o posso dizer.
mas nada disso é importante; o que eu quero deixar passar aqui é que a sofia é importante para mim e mudou em muito a minha vida. gosto imenso da forma como é comigo e de todas as coisas que faz por mim! é simples, mas quando se trata de mostrar o seu amor pelos outros, sinceramente, não há melhor!
só quero que saibam que eu amo a sofia e que ela é linda em todos os sentidos, mesmo que afirme que não!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

alma


um passo dado sozinha, dois passos juntos.

eu, tu; tu, eu; nós.

se eu não estiver aqui amanhã para acompanhar os teus passos, sente o vento bater-te na cara: sou eu contigo és tu comigo!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

medo

"A morte de um sonho é tão trise e dolorosa como a própria morte, merece por isso o respeito e o luto daqueles que a sofrem"
Truman Capote
Tu mataste o meu sonho!
Como é possível? Como foste capaz?
Eu sabia que era difícil conseguir chegar lá, eu sabia que tinha de lutar contra tudo e contra todos, eu sabia, EU SABIA! Eu estava a esforçar-me cada dia mais, estava a superar todas as provas com o maior mérito, estava a ser cada dia mais forte, cada dia me entregava mais ao sonho, ao desejo de o poder alcançar!
Tu não viste isso? Tu não conseguiste sentir diferenças? Tu não me conheces?
Eu nem sei.. Tenho nojo de ti, já nem sei olhar para a tua cara! És um monstro.
E agora? Eu perdi as forças, eu não sei lutar, eu deixei de saber o que é um sonho.. Tu matas-me os sonhos!
"Duvido que consigas ir a algum lado. Não estás a ir pelo caminho certo, sinceramente, aqui não vais conseguir."; 'aqui não vais conseguir.', a tua voz faz eco na minha cabeça, eu não consigo ouvir mais nada senão o que me disseste.. E eu, como sempre soltei as lágrimas e nunca mais parei, não consigo parar. Tocaste no ponto fraco e eu senti a ferida a dilatar ao máximo. Eu morri por segundos!
Agora, já não quero mais ouvir falar em sonhos, já não quero ouvir falar mais de ti, não quero sequer sentir que tenho sonhos, que te tenho por perto.
Eu só quero uma casa, um escola, um cidade e um mundo novo. Quero sair daqui e levar comigo a minha mala de primeiros socorros, levar nela só o necessário e deixar-te aqui, sem ninguém!
Eu não quero mais esta dor que suporto, eu não quer mais este sentimento que me invade a todo o segundo, eu não quero sair à rua e sentir o mundo inteiro nas costas, eu não quero ver mais a mesma luz que tu, eu não quero ser mais aquilo que tu queres que eu seja!

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Pérola Negra

Olhares trocados em momentos incertos
Verdades ditas com sentidos opostos
Palavras proferidas, sorrisos tapados, lágrimas caídas
Sorrisos? Felicidade?
Onde estão? O que são?
(fui eu que roubei!)
Pérola Negra, uma mar nunca antes negado, à espera de uma aventura
Onde estás? Para onde foste?
Porque partiste?
(deixo-te repostas!)
Senimentos divergentes arrastados pela maré, alegrias com pesos de saudade, porque aquiloque ai embora é porque não nos pertence por completo.
Sinto saude, o coração já não é o mesmo, estou fraca!
Porquê que ainda não voltaste? Onde estás?
O que é feito de ti? Pela última vez, ONDE ESTÁS?
(estou perto de ti!)
Ó Pérola Negra amansa, deixa-me fugir, deixa-me ir ter com o meu amor!
Ó Pérola Negra amansa, que eu tenho de navegar em teus mares!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

sonhos de uma bola de sabão

quis que voa-se mais alto do que conseguia. quis que acredita-se que o que podia fazer era sempre mais e mais. quis que conquista-se tudo o que estava à minha volta. mas nada feito!
tentei que remedia-se os estragos, tentei que volta-se a subir a montanha, tentei que supra-se os sonhos com ainda mais força. juntei mais sabão à água e pedi aos deuses que a minha poção desse resultado. mas nada mudou!
não quis dar-me como perdida e voltei a tentar. fiz tudo de novo. só mudei o espaço.
corri até à décima rua, da terceira avenida. fui para o centro e fiz com que os carros parassem. depois, abri o frasco que determinava a minha capacidade de conquista, enchi os pulmões com o máximo de ar e com toda a força soprei a minha poção. e sem eu dar conta, os sonhos começaram a fluir. enquanto cada bola se deixava levar pelo vento, um dos meus sonhos deixava-se ir com ela. eu tinha conseguido!
a rua ficou imóvel aos meus actos. ninguém deu importância e eu senti-me inútil.
quis sair dali o mais rápido possível e fui para o parque. talvez lá pudesse sonhar com quem me compreendesse melhor, afinal sou uma criança. mas não, o parque estava vazio!
não me importei e voltei a soltar a minha poção com toda a força e os sonhos voltaram a deixar-se levar pelo vento e eu, eu sentia-me realizada.
sem me aperceber um velho chegou ao pé de mim e ficou a observar tudo o que eu fazia. não me disse uma única palavra, nem sequer me sorriu. eu continuei a soltar sonhos na esperança de estar também a soltar os dele. derrepente, o velho desapareceu no meio do parque enquanto eu me aproximava do banco onde ele estava sentado. ele tinha deixado lá um bilhete.
não sabia se era para mim ou se ele estaria à espera de alguém mas, a minha curiosidade superou tudo e li o bilhete: "os meus sonhos já morreram. eu não tenho mais idade para sonhar. mas um dia, fui como tu. soltei os meus sonhos numa poção. infelizmente, nunca deu resultado. fui eu que matei os meus sonhos. e sabes porquê? porque os deixei morrer dentro de uma bola de sabão!".
Velho, será que eu estou a matar os meus sonhos? será que também os estou a deixar morrer dentro de uma bola de sabão?


a verdade é que já não há sonhos, eles também morreram. para onde foram? sinceramente, não sei!
só queria voltar a sonhar como tu. queria ter uma esperança no fundo de tudo, queria voltar a ser feliz a sonhar.
afinal, quem não tem sonhos?

espero por ti


Amanhecer do dia 26 de Outubro de 1991. Uma manhã como tantas outras em que o sol brilhou anunciando um dia feliz, os passáros cantavam melodias de ontem e voavam pela cidade até à janela do meu quarto!
Como todos os dias, quando me levantei fui ao quarto da minha mãe que tem sessenta e sete anos e está gravemente doente. Mas isso não é problema para ela, não é um cancro que afecta a sua beleza nem lhe tira o brilho do olhar.
A minha mãe já estava acordada, mas o seu olhar estava triste. De imediato lhe deu um beijinho ternurento que só as mães sabem compreender. Mas, nem isso fez com que ela ficasse mais feliz.
- Mãe o que se passa? Precisa de alguma coisa? - perguntei eu, com o coração nas mãos. Sentia que a minha Mãe se estava a perder.
- Estou fraca minha filha, mas daqui a pouco passa. Vai lá arranjar-te, o trabalho espera-te.
Despedi-me e fui rapidamente vestir-me e à saida peguei num pão e fui a comer pelo caminho.
O trânsito estava em alta como em todas as manhãs na cidade de lisboa. Mais minuto menos minuto cheguei ao trabalho.
Neste momento estou a trabalhar numa revista cor-de-rosa como jornalista. E como devem imaginar, a minha vida não é nada fácil. Tenho de escrever sobre tudo mesmo que isso vá contra os meus ideais, tenho de saber da vida de meio mundo e nem sempre o que escrevo é verdade, mas é o meu papel. Quanto mais verídica parecer a matéria a trabalhar, melhor é a noticía que vou escrever, mais as pessoas a comprar e mais lucros para a revista. Sim, eu sei que isto é errado. Mas é assim que eu ganho a minha vida e é assim que eu sou feliz. Não a ser jornalista de uma revista cor-de-rosa, mas a escrever, a ser jornalista!
O meu Pai foi um grande jornalista e a minha Mãe foi professora de Língua Portuguesa e como filho de peixe sabe nadar, eu não podia fugir muito à regra. Costumam dizer que as letras correm-me nas veias.
Por falar no meu Pai e na minha Mãe, parece estranho dizer isto, mas eles estão separados!
Um dia, uma discução sem sentido nenhum fez com que o meu Pai saisse de casa. Mas não para muito longe, se um apanhar o comboio em menos de meia-hora estou lá.
Nunca entendi porquê que estão separadas. A minha Mãe ama-o e o meu Pai nunca quis que isto acontesse-se, ele ainda a ama. Infelizmente o orgulho deles está sempre a trabalhar e torna-se mais forte que o amor, o que os leva a nunca darem o braço a torcer, a nunca mais voltarem um para o outro. Talvez seja melhor assim.
Hoje a revista está um pouco parada, não há nada que nos chame a atenção para uma boa noticía para além de que a revista desta semana sai manhã e já está pronta. Mas é sempre bom estar atenta aos últimos passos dos famosos para ver se podemos inventar uma mentirinha piadosa para não sermos obrigados a pagar indeminisações, não é isso que se quer!
Está na minha hora de almoço e hoje combinei com o meu Pai que depois de almoçar o iria visitar. Vou comer uma sande que a Conceição, a empregada lá de casa que práticamente me viu nascer, me preparou. Enquanto isso, vou caminhando para o comboio. Não fica muito longe do café portanto posso ir devagar e aproveito para ver se algo me chama a atenção para dar continuidade à história do meu livro. Desde pequena que adorava escrever um livro e a doença da minha Mãe fez-me criar uma história que eu quero que vá para a frente e que me leve a editar este livro.
Chego a casa do meu Pai e como sempre ele está na janela a olhar o céu, como se esperasse que a qualqeur momento algo o venha buscar ou até mesmo que lhe digam qual é o proximo passa. Não notei que estivesse mal e tivemos um almoço perfeitamente normal e igual a tantos outros. Sempre com as suas piadas e a sua forma carinhosa de me fazer sorrir.
Quando cheguei à revista recebi um telefone da minha empregada para ir para casa porque a minha mãe se estava a sentir mal. Nem pensei em nada, peguei nas chaves do carro e fui logo para casa.
Quando cheguei, a minha mãe nem parecia a mesma. Estava com um ar cansado, com um sorriso palido e um olhar perdido. Sentei-me no chão e perguntei-lhe:
- Mãe, o que sente?
E ela, sem muitas forças respondeu-me:
- A minha hora está a chegar, não tenhas medo de me deixar ir!
As lágrimas invadiram o meu olhar mas eu não fui capaz de chorar. Mantive-me forte e fui ter com o médico que já lá estava, para saber qual era o diagnóstico.
- A sua Mãe teve um recaida e o seu estado de saúde agravou. Lamento dizer-lhe isto mas não há nada a fazer, a senhora sua Mãe tem poucas horas de vida.
Ao saber isto fui para a beira da minha mãe, fiquei sentada ao lado dela a contenplar a sua beleza e a ver como ela se deixava ir suavemente de minuto em minuto!
Eis que de um momento para o outro, passadas algumas horas, abre os olhos e me diz:
- Filha, a minha hora chegou. Sei que vais ser forte e te lembrarás que e estarei contigo em toda a tua vida. És muito inteligênte e eu sei que mais cedo ou mais tarde vão reconhecer o teu valor!
- Mãe, eu vou sempre lembrar-me de si. A Mãe é a minha guardiã, obrigada por tudo o que me deu e me ensinou.
- Minha querida, a hora chegou e eu sinto que tenho de ir. Antes de partir só quero que me faças um favor, diz ao teu Pai que está desculpado por tudo o que fez, que eu ainda o amo muito e que estou à espera dele no céu!
- Não se preocupe Mãe, eu digo! Vá em Paz!
- Amo-te minha filha!
E num misto de sentimento, fechou os olhos como quem adormece e partiu para o outro Mundo.
Saí do quarto, dei a noticia e disse que ia ter com o meu Pai.
Peguei no carro e fui a grande velocidade ter com ele. Quando cheguei ele não estava na janela, o que foi de estranhar. Entrei em casa e fui até ao escritório e lá estava ele entretido a ler o jornal.
- Pai, tenho uma noticía para lhe dar!
- O que se passa filha? Conta-me!
- A Mãe partiu deste mundo e pediu-me que lhe disse-se que estava desculpado por tudo o que tinha acontecido, que o amava muito e que estava à sua espera no céu!
O meu Pai começou a chorar e foi-se fechar dentro do quarto. O que ele mais queria era ir ter com a minha Mãe.
Voltei para casa e pedi à dona Guilhermina que fosse tomando conta do meu Pai.
Quando cheguei, já tinham levado a minha Mãe para a morgue e eu fui trocar de roupa para ir para lá. Demorei uma hora a arranjar-me e quando estava a sair de casa recebo uma chamada da dona Guilhermina.
- Sim, sou eu Guilhermina. O que se passa?
- Menina, não sei como lhe dizer isto, mas o seu Pai foi ter com a sua Mãe!
E eu, como uma criança que fica sem brinquedos e começa a chorar desalmadamente, desliguei o telefone e perguntei a mim mesma porquê isto!
Mas apesar de tudo fiquei feliz, porque o meu Pai tinha partido sem qualquer doença, somente por amor! E tenho a certeza que onde quer que eles estejam estão felizes e a viver os anos que não estiveram juntos.
Afinal de contas, um grande amor nunca se esquece, nunca se perde!

domingo, 17 de janeiro de 2010

pateta

querido diário,
hoje as coisas estão melhores! pelo menos já não sinto aquela tristeza por não o ter perto de mim e não saber como ele está. como tu sabes, foi tudo bastante estranho e dificíl!
sabes tão bem quanto eu que me agarro demasiado às pessoas que gosto e foi isso que aconteceu em relação a ele. tudo dependia do que nós os dois éramos, do que fazíamos e acontecia entre nós. se ele estava bem, eu estava; se ele não estava, eu também não estava. era tudo sempre assim, vivia demais para ele e chegava a deixar as outras coisas para trás. não que fossem menos importantes, mas porque o meu mundo girava à volta dele!
mas duma coisa nunca tive dúvida, era amor de verdade. pelo menos, até hoje, nunca gostei tanto de uma pessoa como gosto dele.


depois as coisas mudaram! alguns acontecimentos repentinos mudaram a nossa vida, tu sabes tanto disso como eu. as tuas páginas foram preenchidas de lágrimas e saudades durante séculos. foram imensas as coisas que te disse e que tu sempre soubeste guardar, OBRIGADA!
lembraste do que senti quando ele foi embora? do que sentia cada vez que passava por mim e não me falava? era horrível, eu era fraca perante tais acontecimentos.
o tempo foi passando, a vida não parou, tudo continuou a correu e eu sem ele. tantas foram as vezes que precisei dele. tantas vezes que quis sentir o cabelo molhado e o cheiro a pantene pela manhã, tantas vezes que faltou o abraço apertado e o sorriso para dar esperança, tantas vezes! mas ele não estava e eu tive de saber lidar com isso, tive de ser forte e seguir em frente. a esperança morreu.
o relógio da vida sempre a andar, os minutos, os segundos tudo sempre sem parar, só tinha memórias e lembranças.
até que um dia, aquele dia que já devia ter chegado à muito, ele voltou.
voltou outra vez, forte e mais crescido. com mais amor por mim e para me dar.
mas e depois? o que importa tudo o que ele trás e tudo o que pode vir a acontecer? não importa nada, nada!
ELE VOLTOU, é o que importa, nada mais.


só posso dizer-te que sinto por ele ainda mais orgulho, ainda mais amor, ainda mais consideração.
vejo nele o meu irmão e isso ninguém rouba, muito menos o tempo que não parou nem irá parar!
a ele, só lhe tenho a dizer uma coisa: eu amo-te pateta!
a ti, meu querido diário, só te quero dizer mais uma vez obrigada por me ouvires;
até amanhã *