quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

medo

"A morte de um sonho é tão trise e dolorosa como a própria morte, merece por isso o respeito e o luto daqueles que a sofrem"
Truman Capote
Tu mataste o meu sonho!
Como é possível? Como foste capaz?
Eu sabia que era difícil conseguir chegar lá, eu sabia que tinha de lutar contra tudo e contra todos, eu sabia, EU SABIA! Eu estava a esforçar-me cada dia mais, estava a superar todas as provas com o maior mérito, estava a ser cada dia mais forte, cada dia me entregava mais ao sonho, ao desejo de o poder alcançar!
Tu não viste isso? Tu não conseguiste sentir diferenças? Tu não me conheces?
Eu nem sei.. Tenho nojo de ti, já nem sei olhar para a tua cara! És um monstro.
E agora? Eu perdi as forças, eu não sei lutar, eu deixei de saber o que é um sonho.. Tu matas-me os sonhos!
"Duvido que consigas ir a algum lado. Não estás a ir pelo caminho certo, sinceramente, aqui não vais conseguir."; 'aqui não vais conseguir.', a tua voz faz eco na minha cabeça, eu não consigo ouvir mais nada senão o que me disseste.. E eu, como sempre soltei as lágrimas e nunca mais parei, não consigo parar. Tocaste no ponto fraco e eu senti a ferida a dilatar ao máximo. Eu morri por segundos!
Agora, já não quero mais ouvir falar em sonhos, já não quero ouvir falar mais de ti, não quero sequer sentir que tenho sonhos, que te tenho por perto.
Eu só quero uma casa, um escola, um cidade e um mundo novo. Quero sair daqui e levar comigo a minha mala de primeiros socorros, levar nela só o necessário e deixar-te aqui, sem ninguém!
Eu não quero mais esta dor que suporto, eu não quer mais este sentimento que me invade a todo o segundo, eu não quero sair à rua e sentir o mundo inteiro nas costas, eu não quero ver mais a mesma luz que tu, eu não quero ser mais aquilo que tu queres que eu seja!

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Voltaire