segunda-feira, 24 de maio de 2010

morning yearning

Há muito tempo que não me sinto especial! Há muito tempo que não consigo sentir o teu toque, os teus beijos, os teus sorrisos sinceros, o teu segredar ao ouvido, todos os dias que estive no teu jardim a ver-te estudar os famosos Maias, todos os segredos que te contei como se fosses o meu melhor amigo, todas as corridas pelo fim-do-dia. Tantas outras coisas que eu hoje nem sei bem como aconteceram. Foi tudo mágico, sem limites e sem sequer haver um medidor de limites.
Será que ainda te lembras de como foi o primeiro? Que arrepio que me deu agora! Senti no ar o teu cheiro, como naquele dia, naquele momento!
Estavamos a estudar o caso de Carlos da Maia com Maria Eduarda, e estamos a pensar como seria um caso daqueles no nosso tempo, o que se sentiria.. Eu ria-me com as tuas conclusões patetas, tu olhavas para mim e dizias que eu era uma doida. Sinceramente, tu é que estavas doido com tantos Maias! O meu telemóvel começou a tocar, era o meu primo a perguntar onde estava e até chegaste a falar com ele. Não te disse, mas ele gostou de ti!

Depois, fizemos um intervalo, fomos para a cozinha preparar alguma coisa para comer. Eu disse que ajudava, mas tu não deixaste. Fizeste tudo para mim como se fosse uma princesa!
Almoçamos no jardim. Rimos muito, trocamos olhares especiais e ficamos muitas vezes parados no tempo. Terminamos o almoço, demorou muito tempo, eu levantei-me e fui até ao pé da árvore das laranjas, lembraste disso? Tu foste atender o telefone, enquanto eu me passeava pela árvore. Estava calor!
Voltaste, disseste-me que era a tua Mãe para saber se estavamos bem. Eu sorri e disse-te que gostava dela, que era amorosa comigo e que tinha uma simplicidade que me agradava! Deste-me um beijo na testa e aí, eu senti o meu coração a mil e um à hora e senti que as tuas mãos termiam muito. Dei-te um abraço apertado e disse-te ao ouvido o quanto gostava de te sentir perto, o quanto era importante ter-te todos os dias, o orgulho, o carinho, a estima e o amor que te tinha, e tenho! Nesse tempo, ficaste agarrado a mim como um miúdo. Estava tão certa de que era a ti que eu queria, era a ti que eu queria mais que nunca.
Olhaste-me nos olhos, fizeste-me uma festa e disseste as palavras mais doces e seguras que o meu coração alguma vez ouviu "se disser alguma vez que és o amor da minha vida, tu vais acreditar? é porque é a verdade!" - o meu coração parou nesse momento, eu não te disse, mas foi o que aconteceu; os meus olhos brilharam e eu senti que estavas a ser sincero e verdadeiro - "será que se te pedir que me beijes é demais?" - não perdi tempo, sabes que sou adepta do "cala-te e beija-me"! E foi aí, nesse instante decisivo que eu fiz o que jamais pensei fazer naquele dia, beijei os teus lábios com o meu amor puro e sincero, transportei nele tudo o que havia para te dar! Foi o melhor da minha vida, não me esqueço mais.
No final, disseste-me "nunca pensei estar a fazer isto agora, contigo! mas acho que nunca me senti assim antes, obrigada minha li!". E eu, voltei a abraçar-te e não te larguei o resto do dia.
Hoje, é disto que tenho saudades. De ser o teu tempo, o teu abraço, de ter o teu cheiro o dia todo, de poder dar-te beijinhos e fazer-te sentir especial. Nunca quis acreditar que as coisas realmente se podem perder, que num dia são únicas e especiais e que no outro voltam ao seu estado normal, nunca quis acreditar que a vida tem de ser vivida segundo a segundo como se fosse o último! Sou mesmo BURRA.
Mas sabes uma coisa? Eu não vou deixar que isto fique assim, eu vou vestir a farda, colocar a armadura e ganhar esta batalha! Vou lutar por ti com unhas e dentes, com toda a minha garra, força e determinação. Eu vou lutar e vou ganhar, acredita em mim!



P.s. - espero que hoje consigas entender que estou a falar de ti, de mim, de nós! espero que hoje entendas que até o teu andar me agrada!




4 comentários:

Posso não concordar com nenhuma das palavras que tu disseres, mas defenderei até à morte o direito de tu as dizeres.
Voltaire